AUDIÊNCIA PÚBLICA Sampaio convida sociedade para debater privatização da Eletrobrás e suas consequências para Roraima

O deputado estadual Soldado Sampaio (PC do B), presidente da Comissão de Administração, Serviços Públicos e Previdência, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE) convida a sociedade roraimense em geral para a participação da audiência pública que será realizada nesta sexta-feira, 16, às 10 horas, para debater sobre a privatização da Eletrobrás Distribuidora Roraima, responsável pelo fornecimento de energia em todo o estado de Roraima.
A proposta do parlamentar é que participem do debate que será realizado no plenário da ALE, deputada Noêmia Bastos, os representantes da Eletrobrás Roraima, antiga Boa Vista Energia, representantes dos trabalhadores, autoridades federais e estaduais, parlamentares e órgão de defesa do consumidor, dentre outros.
“Vamos promover um amplo debate sobre esta situação complexa que é o fornecimento de energia elétrica em Roraima, uma das mais caras energias do país e, talvez, o serviço mais frágil também. A sociedade quer respostas, quer soluções e somente unidos poderemos atender essa necessidade imediata da sociedade roraimense”, explicou o parlamentar.
E no conjunto do debate sobre a situação caótica do fornecimento de energia elétrica em Roraima, o parlamentar quer debater também o processo de privatização da Eletrobrás Distribuidora Roraima que – segundo ele – vai agravar ainda mais o fornecimento de energia já debilitado para a população roraimense.
“Avaliamos que essa privatização só atende aos interesses do mercado financeiro e vai gerar prejuízos para a sociedade brasileira e, particularmente, para os servidores da empresa e para os usuários do serviço de energia de Boa Vista e dos municípios do interior de Roraima”, fez questão de afirmar Soldado Sampaio.
Sampaio lembrou que inúmeros pais e mães de família que fizeram concurso público, que doaram parte de suas vidas para a empresa e que – com a privatização – irão ficar com o futuro profissional incerto, correndo sérios riscos de perder seus direitos, chegando mesmo a serem demitidos pelos novos proprietários da empresa privatizada.
Além disso, segundo o Soldado Sampaio, é necessário levar em consideração que um grupo econômico que só visa lucros não vai se preocupar em investir em áreas distantes, cujo retorno financeiro é insignificante em relação ao investimento necessário para atender – com o fornecimento de energia de qualidade – os moradores do interior, como os agricultores familiares e indígenas, por exemplo.
Sampaio lembrou que o fornecimento de energia elétrica em Roraima já é precário, principalmente para os municípios do interior onde o governo federal arca com a maior parte dos investimentos. E que o serviço sendo privatizado, não haverá interesse do grupo econômico em manter esses investimentos considerados sociais e que não geram lucro para a distribuidora de energia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *