PCB lança candidaturas de indígenas para disputar eleições majoritárias em Roraima

 

Na manhã da última quarta-feira o Partido Comunista Brasileiro – PCB anunciou as pré-candidaturas dos professores indígenas Misaque Antone ao governo e de Telma Taurepang ao senado por Roraima. O evento contou com a presença do secretário-geral, Edmilson Costa.

Misaque Antone,  da etnia wapichana, natural da comunidade Malacacheta, município do Cantá. Ele já ocupou  o cargo de coordenador estadual da Organização dos Professores Indígenas de Roraima – OPIRR.

Ele disse ainda que o seu partido, PCB, vem dialogando com outras siglas de esquerda que atuam no Estado, como PSTU e PSOL. “Precisamos buscar uma unidade na luta e no processo eleitoral. Aliás, essa nossa aliança vai além das eleições. Por isso a elaboração de um programa que contemple uma pauta de lutas seja local ou nacional”.

Já Telma Taurepang é natural da Comunidade da Mangueira, município do Amajari. Telma já foi integrante do Conselho Indígena de Roraima – CIR e já exerceu a função de tuxaua na sua comunidade. Faz parte da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB, e atua na Secretaria de Política de Mulheres da Coordenação Geral das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica – COICA. Exerce ainda a coordenação da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira– UMIAB, que reúne nove Estados do país.

“Tanto a minha candidatura quanto a do professor Misaque ao governo é um enfrentamento direto as oligarquias. Nós estamos construindo um diálogo que não se resume apenas com o movimento indígena. Nessa grande roda temos o movimento estudantil e jovens trabalhadores, movimento sindical e movimento dos trabalhadores sem teto. A nossa luta é para acabar com essa hegemonia de mais de três décadas das oligarquias no poder”, disse Telma.

Segundo o Secretário Político do PCB em Roraima, jornalista e professor Paulo Thadeu Franco das Neves, o próximo passo é dar continuidade a construção deste programa popular e fortalecer a consolidação de uma frente que reúna os demais partidos de esquerda, como PSTU e PSOL.

 “O partido está formalizado desde 2015 em Roraima. O diálogo com esses movimentos sociais possibilitou a formação desta alternativa popular 6nas eleições deste ano. Estamos construindo um programa de lutas em conjunto com essas forças que vai além desse processo eleitoral”, disse.

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