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Lideranças sociais e religiosas participam de encontro ecumênico que visa o enfrentamento do preconceito religioso e racial

Hoje e amanhã (04 e 05/11) um grupo de representes de diversas entidades sociais e religiosas está reunido em Boa Vista (RR) para discutir sobre o fundamentalismo religioso e seu impacto nos povos da Amazônia. A programação é uma iniciativa da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), que atua há 50 anos na defesa dos direitos humanos e apoiando iniciativas de promoção social e humana e de integração entres os povos.

O encontro faz parte do Projeto Tapiri Ecumênico, que vem acontecendo em todos os estados da Amazônia e tem como objetivo central, fortalecer as relações ecumênicas e inter-religiosas com tática de enfrentamento ao racismo religioso que tem impactado a vida dos povos indígenas, povos das religiões de matriz africana, povos e comunidades tradicionais, juventudes, mulheres, entre outros.

Segundo a coordenadora do evento, Sônia Mota, o encontro é um momento de reflexão coletiva, de integração, de interação, de empoderamento e de união de entidades e instituições e de pessoas que comungam com os mesmos ideais, que sofrem preconceito, que são marginalizadas pela raça, pela etnia e também pela religiosidade.

“Estamos aqui para contribuir com esse momento inicial de conhecimento entre os iguais, mesmo na diversidade, para que – com base nesse encontro – surja uma rede forte de apoio, de integração e de empoderamento, para que juntos consigamos superar os desafios comuns e fortalecer o respeito pela pluralidade cultural e religiosa, rompendo os preconceitos e propiciando a construção de um caminho coletivo de inclusão e de valorização da vida”, destacou.

Rosa Barroso, durante a abertura do encontro

Para a representante da casa Egbé Yewaiê Bemy  e do grupo Afoxé filhas e filhos de Yemanja, Rosa Barroso, o encontro chega num momento muito oportuno de revigoramento de todas as forçar progressistas que lutam diariamente na defesa da vida e na superação dos preconceitos religiosos e da discriminação racial em Roraima.

“Esse encontro é um espaço de fortalecimento de nossas lutas, de encontro de diversos grupos que possuem os mesmos ideais e que, diariamente, sofrem preconceito e discriminação. E a única forma de combater tudo isso é a nossa união. É essa diversidade que nos dá força de lutarmos e seguirmos em frente, na certeza de que não estaremos sozinhos nesta jornada, com nossas crenças, com nossas tradições, com nossas características culturais e religiosas”, disse Rosa Barroso.

Por sua vez, a coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas de Roraima (Omir), Gabriela Nascimento Peixoto, disse que a realização do encontro é muito importante por reunir pessoas de diversas organizações sociais, representação indígena, negra e religiões de matriz africanas, que no cotidiano sofrem os mesmos preconceitos.

“Estamos numa luta constante de ocupação de nossos espaços, que temos por direito, atuamos nas comunidades indígenas, mas também procuramos apoiar nossos parentes que moram em Boa Vista. E participar de um evento como esse nos dá força e nos faz perceber que nossa luta não é individual, mas que existem outras organizações que também estão conosco na mesma batalha. Estamos muito felizes pela oportunidade de participarmos desse Tapiri Ecumênico”, disse Gabriela.

Gabriela Peixoto, coordenadora da Omir

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